As doenças periodontais acarretam um significativo aumento da carga patogénica individual e potencializa para bacterémia sistémica, e caracteriza as doenças periodontais como fator de risco para doenças vasculares, nomeadamente aterosclerose.
A aterosclerose, que apresenta como lesão fundamental o ateroma ou placa ateromatosa, localiza-se preferencialmente nas artérias carótidas comum, interna e externa, e constitui-se basicamente de depósitos lipídicos que se acumulam na íntima dos vasos, sendo a causa mais comum de acidentes vasculares cerebrais (AVCs).
Diversos fatores podem contribuir para a formação de ateromas, tais como: hipertensão arterial, diabetes mellitus, colesterol elevado, tabagismo, etilismo, obesidade, alterações hormonais (mulheres na menopausa), hereditariedade (pacientes com histórico de doenças cariovasculares na família), gênero (masculino), idade, sedentarismo e estresse.
Há fortes evidências de que indivíduos que têm a saúde bucal comprometida por algum processo inflamatório ou infeccioso têm maior risco de sofrer alterações em suas condições sistêmicas. Sendo assim, os pacientes portadores de periodontite ou doença periodontal, tem uma extensão de um processo inflamatório iniciado na gengiva para os tecidos de suporte do periodonto, que correm um risco maior de ter problemas cardiovasculares e acidente vascular cerebral isquêmico. Outras infecções dentárias, que são infecções de baixo grau, também são propostas como fatores de risco para várias doenças ateroscleróticas, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral.
Agora me conta: como anda a sua saúde cardiovascular? Já pensou que ela pode ser afetada pela sua saúde bucal?